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Ventilação Cruzada: saiba mais sobre esse recurso que resulta em ambientes arejados e saudáveis

O arquiteto Raphael Wittmann, da Rawi Arquitetura + Design, explica detalhes sobre essa solução que garante a troca de ar e ressalta seus benefícios nos projetos

O apartamento Muxarabi beneficia-se da ventilação cruzada na área social. O elemento vazado contribui com a troca do ar, que é feito também pelas janelas | Projeto do escritório Rawi Arquitetura + Design | Foto: Rafael Renzo

Com as temperaturas cada vez mais elevadas, a ventilação cruzada é uma estratégia eficaz e sustentável em busca de espaços mais agradáveis, reduzindo a necessidade do uso do ar-condicionado. “A ventilação cruzada se baseia no princípio de que o ar flui através de um cômodo, entrando por uma abertura e saindo por outra, geralmente oposta. Este processo promove a eliminação do ar quente e a entrada de ar fresco, criando um ambiente termicamente confortável”, esclarece o arquiteto Raphael Wittmann, à frente do escritório Rawi Arquitetura + Design. 

O recurso arquitetônico pode ser aplicado em uma residência, e, também, em projetos corporativos ou industriais. Quando se pensa em uma casa, deve-se priorizar os locais de maior permanência, como as áreas sociais e quartos.

Nas palavras do arquiteto, existem algumas limitações para a adoção de elementos para a promoção da ventilação cruzada. “A posição da casa no terreno, a questão da envoltória dos vizinhos e, principalmente, nas grandes cidades, ausência de recuos laterais e posteriores nas residências são fatores restritivos. Mesmo nesses casos, existem alternativas que possibilitam estabelecer a troca de ar, por exemplo, pelo teto, como claraboias ou sheds. É o que se chama de efeito chaminé”, exemplifica Raphael.

As janelas posicionadas em lados opostos são o método mais usual e funcional. O ar fresco entra por uma delas, normalmente mais baixa, e sai pela outra, que pode ser mais alta. Quanto mais altas as saídas do ar quente, alinhadas ao forro ou à laje, mais efetivas para evitar a formação de bolsões de ar quente na parte superior, já que o ar frio tende a descer e o quente a subir.


Na ilustração, é possível observar a troca de ar. O ar frio, que é mais pesado, desce, enquanto o ar quente sobe e é eliminado por aberturas mais altas, conferindo conforto térmico | Imagem Divulgação Rawi Arquitetura

Nos apartamentos, nem sempre é possível promover a ventilação cruzada, segundo Raphael Wittmann, devido à arquitetura já pré-definida e pelo recurso não ter sido planejado no início do projeto. “Uma das principais questões atuais é o fechamento da sacada com vidros que, em muitos casos, não considera a passagem de ar e transforma o lugar em uma bolsa de ar quente, demandando pelo uso de ar-condicionado”, fala.

Aberturas sob os caixilhos para facilitar a entrada de ar fresco ou basculantes sobre as portas que separam os cômodos das áreas de convivência são meios para deixar os espaços mais agradáveis do ponto de vista da temperatura.

Brises, cobogós e aberturas nos telhados garantem arejamento e bem-estar 


No projeto Casa Alegre, do escritório Rawi Arquitetura + Design, a inclusão de cobogós no muro de divisa (foto 1) com o terreno ao lado auxiliou a entrada de ar fresco para o quintal e, consequentemente, para dentro da casa. Além disso, o ar que passa pelo caixilho, encontra o átrio no lado oposto da área social (foto 2), promovendo a troca de ar | Fotos: Juliana Deeke

Quando é possível inserir a solução ao projeto desde a concepção, o arquiteto elenca as alternativas mais usuais e eficientes para adicionar frescor e dispensar o uso de aparelhos de ar-condicionado, visando a economia dos recursos naturais:

  • Átrios e pátios: a criação desses espaços abertos dentro das residências facilitam a circulação do ar e o arejamento. Por exemplo, quando o ar entra por um caixilho que dá para um quintal e sai por um outro caixilho que dá acesso a um pátio, se cria uma ventilação cruzada.
  • Brises: são elementos arquitetônicos vazados, móveis ou não, que possibilitam a troca de ar nos ambientes e controlam a luminosidade.
  • Claraboias com ventilação: aberturas no teto ou laje para a entrada de iluminação natural que podem ter também ventilação e que, quando combinadas as aberturas inferiores, permitem a criação de ventilação cruzada e que o ar quente escape. Essa estratégia é útil na presença de pé-direito duplo.
  • Cobogós: esses elementos vazados, adotados em paredes e muros, consideram a passagem de ar, sem afetar a privacidade nas moradas.
  • Sheds com ventilação: são estruturas no telhado que promovem a entrada de luz e ar que funcionam como janelas altas, podem ser usados tanto para a captação de luminosidade quanto para a saída de ar quente. Quando combinados com janelas baixas, facilitam a ventilação cruzada.
  • Vãos altos: como o ar quente tende a subir, quando há vãos de caixilhos altos e posicionados próximos à altura da laje ou forro, pode ser evitado o acúmulo de ar quente na parte superior do ambiente.

Além disso, Raphael Wittmann esclarece que é possível empregar o conceito tanto interna quanto externamente, em uma construção. “Em uma região muito quente, a casa pode estar elevada do solo para a passagem de ventilação sob ela ou então por meio de um telhado suspenso, com um espaçamento entre a laje e o telhado, ventilando e melhorando o conforto térmico da edificação”, finaliza.

 

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Inspiração

A expressão e a versatilidade da madeira na arquitetura de interiores

Entenda como o arquiteto Raphael Wittmann explora a madeira em soluções que se traduzem em beleza, funcionalidade e responsabilidade ambiental

 

Na sala de estar, o arquiteto Raphael Wittmann investiu na estante predominantemente em serralheria e que teve a presença especial das portas de madeira vazada, tal qual um muxarabi, para fechar os armários inferiores de todo seu perímetro. Para completar, as formas orgânicas das mesas de centro | Projeto Rawi Arquitetura + Design | Foto: Rafael Renzo

Desde muito tempo a madeira é um dos materiais mais usados e valorizados na arquitetura e não é para menos: com suas diversas características e um leque diverso de tons, ela é unanimidade por conta da amplitude de funções que exerce nos ambientes. Nas reformas realizadas pelo arquiteto Raphael Wittmann, da RAWI Arquitetura + Design, ela demarca o espaço – e muitas vezes até protagoniza –, pela estética que entrega na execução de portas, marcenaria planejada, móveis soltos, bancadas de banheiro e até mesmo em pequenos detalhes que enriquecem os projetos.

Além de dar forma aos elementos, a madeira cumpre outros dois papéis muito valorizados na arquitetura residencial contemporânea: inserir a biofilia como meio de conexão com as referências naturais que tanto fazem bem aos seus humanos, como pela experiência sensorial. “Justamente por esses atributos, sua presença é bastante atribuída às sensações de aconchego e bem-estar”, analisa o profissional.

Ele ainda ressalta a responsabilidade de observar a origem das madeiras, que primordialmente devem ser originárias de manejo florestal e, ainda no tocante à sustentabilidade, dados recentes do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) revelam que empregar o material das construções, em detrimento ao concreto e o aço, por exemplo, reduz substancialmente as emissões de carbono associadas à construção civil​.

Acompanhe as boas ideias com a madeira implementadas pelo arquiteto.

Porta como peça escultural

A porta mexicana, escolhida pelo arquiteto Raphael Wittmann para a construção dessa casa, caracteriza-se pelo uso de madeira maciça disposta em ripas verticais, conferindo-lhe uma estética rústica que se entrelaça com as referências da arquitetura colonial e o campestre tradicional. Sua composição natural, como o cumaru ou angelim, além de garantir resistência estrutural, também se soma para a integração da porta à paisagem l Projeto: RAWI Arquitetura + Design l Fotos: Juliana Deeke

 

A porta de entrada, muitas vezes o primeiro ponto de contato entre o espaço e seus visitantes, torna-se uma peça escultural nos projetos do profissional à frente do RAWI Arquitetura + Design. “Com a madeira podemos elaborar portas amplas, com texturas naturais e com acabamentos sofisticados que entregam também a questão da arte”, avalia. Segundo ele, o elemento não apenas cumpre um papel prático, mas também adiciona calor e identidade ao ambiente.

Armários de banheiro



A presença de armários de madeira deixa os ambientes mais acolhedores, tal qual esse banheiro projeto pelo arquiteto Raphael Wittmann. Essa especificidade é substancial para quem valoriza momentos de privacidade e tranquilidade durante os cuidados pessoais l Projeto: RAWI Arquitetura + Design l Fotos: Juliana Deeke

Em ambientes úmidos como o banheiro, a marcenaria em madeira tratada permite equilibrar a sua função e estilo. Esse toque da madeira, de acordo com Raphael, é fundamental para suavizar o contraste com os metais e espelhos, concebendo uma atmosfera mais leve e convidativa. Além disso, com a madeira de reflorestamento certificada, o projeto ganha em durabilidade e sustentabilidade.

Bancadas de Home Office


O MDF (Medium Density Fiberboard) é uma escolha perfeita para bancadas de home office, pois oferece versatilidade e longevidade. Fabricado a partir de fibras de madeira unidas por resina, pode ser moldado em diversas formas e acabamentos, sua superfície lisa é fácil de pintar ou laminar e a leveza do material facilita o transporte e a instalação. Nos dois projetos realizados pelo arquiteto, Raphael Wittmann, a tonalidade clara evoca o equilíbrio para as atividades profissionais dos moradores | Projeto: RAWI Arquitetura + Design l Fotos: da direita para a esquerda: Juliana Deeke Rafael Renzo

A crescente demanda por espaços de home office impulsionou o emprego da madeira como material de design, proporcionando funcionalidade a esses ambientes. O arquiteto explora a madeira em bancadas com tonalidades que aquecem e humanizam o espaço. Além de sua beleza, ela coopera para o bem-estar emocional, pois está associada a uma redução significativa do estresse, proporcionando um ambiente apto para o foco e a produtividade. As propriedades acústicas da madeira também desempenham papel importante para a absorção de ruídos.

Pisos de madeira

Os pisos de madeira entregam só uma aparência ímpar, mas também a facilidade na limpeza. Sua superfície lisa permite que a sujeira e a poeira sejam removidas com um simples pano úmido, enquanto produtos de limpeza específicos garantem a manutenção do acabamento. O arquiteto Raphael Wittmann ressalta que a matéria-prima é menos propensa a acumular alérgenos, tornando-a uma escolha saudável para o lar l Projeto: RAWI Arquitetura + Design l Fotos: Juliana Deeke.

Os pisos de madeira se destacam como uma escolha sofisticada e acolhedora, refletindo a crescente valorização de materiais naturais em ambientes internos. O arquiteto Raphael Wittmann opta por madeiras em tons neutros e acabamentos acetinados que não apenas adicionam uma elegância discreta, mas garantem durabilidade e resistência ao desgaste. Embora o investimento inicial em pisos de madeira possa ser mais elevado, seu excelente custo-benefício é evidente ao longo do tempo, especialmente quando se considera sua contribuição para o isolamento térmico, reduzindo custos de climatização e aumentando o conforto do espaço. Além disso, a madeira é uma escolha sustentável que pode melhorar a qualidade do ar interno, tornando-se uma opção saudável para o lar.

Marcenaria planejada

A marcenaria planejada permite que os profissionais façam medições precisas e adaptem os móveis às necessidades específicas do ambiente, assim como o arquiteto Raphael Wittmann realizou nos dois projetos: à direita, uma estrutura que envolveu desde a porta de entrada, armários, nichos decorativos, cantinho do bar e adega. Já à esquerda, no studio com apenas 40 m², a lateral do armário transformou-se em prateleiras | Projeto: RAWI Arquitetura + Design | Fotos: Rafael Renzo e Thiago e Dam Mol

Bastante utilizada pelo escritório RAWI Arquitetura+Design, a marcenaria planejada executa móveis sob medida que maximizam o uso de espaço em ambientes em uma abordagem permite atender às necessidades específicas dos usuários. Para o profissional, ela também é solução sustentável, pois reduz desperdícios durante a produção e instalação por utilizar a madeira de maneira eficiente. Essa estratégia não apenas melhora a funcionalidade dos ambientes, mas também assegura a durabilidade dos móveis, fazendo dela uma opção inteligente para quem busca otimização e praticidade em projetos de interiores.

Mobiliário de madeira


Segundo uma pesquisa realizada pela Furniture Today, 79% dos consumidores consideram a madeira um material de qualidade, apreciando sua resistência e a possibilidade de restauração ao longo do tempo. Além disso, os móveis de madeira contam com uma variedade de estilos e acabamentos, permitindo que se adaptem a diferentes propostas de arquitetura de interiores, desde as mais rústicas até as contemporâneas l Projeto: RAWI Arquitetura + Design l Fotos: Thiago e Dam Mol

As mesas de jantar e as estantes de madeira são algumas das peças mais procuradas e apreciadas por sua capacidade de agregar valor estético e funcional aos espaços. O arquiteto Raphael Wittmann destaca a relevância de utilizar madeira de qualidade que atendam não apenas as demandas do ambiente, mas que valorizem o ambiente e as características naturais da madeira.

Detalhes e penduradores


Com um olhar contemporâneo, os penduradores resolvem a vida dos moradores, além de eternizar a presença desses recursos presentes desde sempre nas entradas das casas Projeto: RAWI Arquitetura + Design l Fotos: Thiago e Dam Mol

Detalhes decorativos como penduradores e suportes refletem o cuidado do arquiteto Raphael Wittmann quanto à unidade da madeira em casa ambiente. Em um cenário que valoriza a estética sustentável e acabamentos simples, esses toques, mesmo discretos, são essenciais para um projeto bem integrado.

SobreRawi Arquitetura + Design     

     

Na Rawi Arquitetura, sob o comando do arquiteto Raphael Wittmann e com mais de uma década de atuação, buscamos conceber espaços que transcendem o convencional, em que a interação entre formas, vazios, percursos, texturas e cores é uma consequência da busca por experiências e memórias inesquecíveis.
Nosso trabalho diversificado abrange reformas, retrofits, interiores, decoração e projetos arquitetônicos, incluindo também orientações na escolha de terrenos ou imóveis. Nossa abordagem é a fusão entre a cultura brasileira e a estética contemporânea, sempre sob uma perspectiva sensível e, ao mesmo tempo, crítica e inovadora.  Utilizamos materiais na sua essência, elementos artesanais, cores e pré-existências em nossas composições.
Cada projeto é uma jornada personalizada, na qual valorizamos a singularidade de cada cliente, com suas vivências e histórias. Fazemos um mergulho em suas experiências, memórias, estilo de vida, desejos e sonhos, conectando esses importantes ingredientes ao contexto do local e às exigências do conforto ambiental, sempre com foco na sustentabilidade e no uso racional de recursos e materiais.  

Nossa missão é transformar a arquitetura em uma experiência poética e reveladora, que não atenda apenas às necessidades funcionais, mas também esteja conectada ao ambiente e ressoe com o ritmo pessoal e o contexto cultural de cada indivíduo. Com mais de 100 projetos residenciais e comerciais realizados em São Paulo e em outros estados, nossa equipe de arquitetos e designers de interiores é dedicada a proporcionar experiências únicas a cada cliente.  

      

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Novembro/2024 

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Inspiração

Brises, Cobogós e muxarabis: quais as diferenças entre eles?

Presentes na arquitetura brasileira há muitas décadas, os brises, cobogós e muxarabis foram concebidos para promover a passagem de luz e ventilação naturais. Ao longo do tempo, um banho de design e criatividade tornou essas soluções um diferencial também no quesito estético dos projetos. Incorporados dentro de casa, viraram verdadeiros trunfos em tempos de integração, pois conseguem isolar ou trazer um pouco de privacidade aos ambientes sem segmentá-los. Tem alguma dúvida sobre o tema? O arquiteto Raphael Wittmann, do escritório Rawi Arquitetura, responde às principais dúvidas sobre o assunto.

O que são os cobogós?
Os cobogós são elementos vazados de origem brasileira, compostos geralmente por peças cerâmicas ou de concreto, utilizados em paredes ou divisórias ou até fachadas. Seu surgimento se deu no movimento Moderno pela inspiração nos muxarabis, elementos tradicionais da arquitetura árabe que já eram utilizados na arquitetura portuguesa e brasileira. Além de sua função estética, os cobogós também são práticos para controlar a ventilação e iluminação natural, proporcionando uma sensação de leveza aos ambientes e ludicidade.


Na Casa Alegre, o arquiteto Raphael Wittmann compõe a fachada a partir de cobogós cerâmicos. | Projeto Rawi Arquitetura + Design | Foto: Juliana Deeke

O que são Muxarabis?
Os muxarabis são elementos arquitetônicos tradicionais, caracterizados por treliças de madeira ou outros materiais vazados, que são utilizados para criar divisórias ou revestimentos em janelas e varandas. Originários da arquitetura árabe, os muxarabis têm uma longa história e são conhecidos por seu papel funcional e decorativo.
Esses elementos são frequentemente encontrados em regiões de influência árabe, como no norte da África, na Península Ibérica e em algumas partes do Oriente Médio. No entanto, sua presença e apreciação se expandiram para diferentes contextos arquitetônicos ao redor do mundo, sendo incorporados em projetos modernos e contemporâneos
que buscam resgatar elementos culturais e históricos.


O muxarabi é o elemento arquitetônico que dá nome ao projeto do apartamento de 278m², ele faz a interface entre o hall de entrada e a sala de estar. | Projeto Rawi Arquitetura + Design | Foto: Rafael Renzo

Onde usar os muxarabis?
Não há um local determinado ou mais indicado para usar o muxarabi. Eu diria que é possível usar em qualquer cômodo onde o desejo é filtrar a passagem de luz e visibilidade do ambiente, mas não requer um bloqueio total de vista e luminosidade, por isso é muito comum que sejam aplicados em salas, varandas e quartos.

No projeto da Casa Mirante do Vale, o arquiteto Raphael Wittmann cria um jogo de luzes entre o interno e o externo, utilizando o elemento do muxarabi. | Projeto Rawi Arquitetura + Design 

Esse elemento, durante o dia com a luz natural, quem está dentro do ambiente consegue ver o lado de fora através dele. E quem está do lado externo, só vê o muxarabi e não consegue ver dentro da edificação. E isso se inverte quando há a luz artificial nele.

Os muxarabis estão em alta?
Sem dúvida, temos proposto nos projetos cada vez mais… a gente sabe que os grandes escritórios usam em grande escala no Brasil e ao redor do mundo. Por ser um elemento não muito barato, seja realizado por marcenaria ou por lojas, obviamente se torna uma possibilidade perfeita para alguns projetos.
Temos utilizado nos nossos projetos, pois adoramos tanto seu efeito decorativo quanto de filtragem de luz, criando sombras muito bonitas e tornando os espaços mais interessantes.

Como não errar no uso do muxarabi?
Em termos projetuais, o muxarabi pode ser utilizado como um recurso para filtrar a luminosidade e a privacidade, então para não errar, é importante avaliar a incidência de Sol e necessidade de privacidade… e é por isso que eles são tão empregados nos quartos e respectivas varandas, mas nesses casos quase sempre são de abrir ou de correr. Claro que isso não impede de que seja aplicado em portas, garagens, salas, tudo depende da sua necessidade e dessa análise do local.
Com relação à sua execução, é importante que seja bem executado, com uma madeira de boa qualidade que resista ao Sol e às chuvas quando aplicado em áreas externas. Além disso, quando tem sistema de abrir ou correr, existem recursos mais funcionais, podendo ser estruturado em metal para evitar empenamento, aumentando sua durabilidade e reduzindo a manutenção.

O que são brises?
Eles despertam atenção pelo forte apelo estético, mas seus benefícios vão muito além, como privacidade, leveza, principalmente filtragem de luz e arejamento. Criação de Le Corbusier, que data de meados do século XX, o recurso marcou a arquitetura moderna brasileira entre os anos de 1930 e 1960 e, desde então, nunca mais saiu de moda. Constituído por lâminas aplicadas em conjunto, tanto na vertical quanto na horizontal, o aparato pode ser executado em diversos materiais e acabamentos, com predomínio da madeira.
As brises horizontais são indicadas para fachada norte, nordeste e noroeste, enquanto as horizontais para o leste e oeste, por conta da maior incidência de luz nessas fachadas; estas devem ser calculadas de acordo com a carta solar para que tenham o tamanho e inclinação corretos.
Outro diferencial é que a instalação permite hastes fixas ou móveis, a depender da necessidade de cada recinto, em soluções automatizadas ou não.


No projeto desse escritório de advocacia localizado no icônico Edifício Itália, os brises horizontais circulam todo o perímetro da fachada, filtram a luz e se relacionam com a arquitetura de interiores. | Projeto Rawi Arquitetura + Design | Foto: Alexandre Disaro

Quando usar brises, cobogós ou os muxarabis?
Todas essas soluções visam a entrada de luz e ventilação naturais e podem ter diferentes usos numa casa ou num apartamento. O uso será definido de acordo com a necessidade do projeto, com o gosto dos clientes e, claro, sobre o budget que se quer gastar. Mas o objetivo final das 3 opções é bem semelhante e rendem visuais muito elegantes nos ambientes.

Na Casa Alegre, os cobogós permitem a entrada da luz na àrea externa da casa. | Projeto Rawi Arquitetura + Design | Foto: Juliana Deeke

Vale ressaltar que, como os cobogós são sempre fixos, são mais utilizados em locais onde a luz deve ser controlada permanentemente ou em espaços em que se requer mais privacidade, como em corredores, lavanderias, fachadas com escada. Já os muxarabis, quando feitos articulados ou de correr, podem ser mais direcionados para os quartos e varandas, até mesmo salas em regiões mais quentes. Os brises são mais versáteis, poderiam ser utilizados em ambos os casos a meu ver.
No design de interiores os cobogós são muito utilizados como divisórias de ambiente e os muxarabis como portas de giro ou correr, para fechamento de cozinha integrada por exemplo, e até mesmo com efeito decorativo por meio de painéis, por exemplo.

Texto elaborado por dc33 Comunicação

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Inspiração

Pets

Como a arquitetura de interiores transforma a convivência entre moradores e seus pets no lar

Ao viverem em nossas casas como integrantes da família, os ambientes devem estar bem-preparados para dias tranquilos e gostosos na companhia deles

No estúdio de 40m², o arquiteto Raphael Wittman escolheu o piso vinílico | Projeto Rawi Arquitetura + Design | Foto: Thiago e Dam Mol

Em um mundo cada vez mais adaptado às necessidades dos pets, a arquitetura desempenha papel fundamental ao criar lares que propiciem comodidade, segurança e funcionalidade, tanto para os animais quanto para seus donos.

Mas como unir essas questões? Acompanhe os pontos listados pelo arquiteto Raphael Wittman, do escritório Rawi Arquitetura + Design.

 

Escolhendo o piso ideal

Não apenas no piso, mas uma das premissas ao projetar uma casa ou apartamento pet-friendly implica em especificar materiais alinhados com essa rotina. Sem dúvidas, o porcelanato é uma das alternativas mais práticas e seguras para quem tem animais de estimação. No acabamento acetinado ou ABS, o revestimento oferece aderência e evita que os bichinhos escorreguem, além de ser resistente e fácil de limpar.

O profissional afirma que o piso vinílico é outra boa escolha por sua facilidade de limpeza, conforto térmico e por minimizar o barulho das patinhas. “Laminados, carpetes e pedras porosas devem ser evitados”, aconselha. Nas paredes, as tintas laváveis são as mais recomendadas.

Espaços adaptados para diferentes tamanhos e rotinas

No Apartamento Duas Cores, a marcenaria foi projetada com um cantinho aconchegante para o cachorro da família| Projeto Rawi Arquitetura + Design | Foto: Juliana Deeke

Ao definir o layout do ambiente para acomodar pets, o tamanho do espaço é menos importante do que a qualidade de vida oferecida. Para garantir o bem-estar dos animais, a arquitetura, por mais eficaz que seja, não resolve tudo sozinha: é fundamental que o humano assuma a responsabilidade de proporcionar estímulos dentro de casa por meio de atividades e passeios frequentes nas proximidades do imóvel.

De acordo com Raphael, rampinhas e degraus para pets têm o objetivo de facilitar o acesso às áreas mais altas, reduzindo o impacto nas articulações e na coluna para animais idosos ou com problemas de mobilidade. “É importante avaliar a altura de cada degrau, bem como o espaçamento entre eles, para que não haja esforço excessivo”, indica. Para maior segurança dos dispositivos, ele prescreve a fixação no chão ou em algum móvel para evitar movimentos durante o uso.

Materiais duráveis e Pet-Friendly

Quem investe na aquisição de móveis não quer saber de vê-los deteriorados nem em curto, médio e longo prazo. De acordo com o arquiteto Raphael Wittmann, que posou na foto com o cachorrinho, a tecnologia permite que o mercado disponha de tecidos resistentes e sem interferir na estética do projeto | Projeto Rawi Arquitetura + Design | Foto: Thiago e Dam Mol

Quando o assunto é mobiliário, a escolha de matérias-primas que resistam ao desgaste causado pelos pets é crucial. Para sofás e cadeiras, Raphael assinala o uso de tecidos com tramas fechadas e tecnologia Easy Clean, que facilita a limpeza e oferece proteção contra odores e rasgos. Visando a longevidade, também aconselha a blindagem e a impermeabilização dessas peças. “Podemos considerar outras possibilidades, como o caso do couro, que é perfeito para cães, embora não se aplique aos gatos, que podem danificá-los com suas dezoito unhas no tradicional costume de arranhar – um ato comumente realizado para demarcar território”, elabora.

Com a definição do tecido certo, o dono do pet pode ficar despreocupado quanto à durabilidade dos móveis | Foto: Freepik

 

Iluminação para o bem-estar dos pets

Uma questão que nem sempre é lembrada, mas que pode influenciar diretamente na saúde e no comportamento dos pets, diz respeito à iluminação do ambiente. Assim como os humanos, cães e gatos são sensíveis às variações de luz e necessitam de um ciclo natural de luminosidade para regular suas atividades diárias.

A intensidade e a temperatura de cor das lâmpadas podem afetar o bem-estar e, para garantir um ambiente mais tranquilo, é sugerido manter janelas e cortinas abertas sempre que possível. A luz artificial também deve ser cuidadosamente escolhida, lançando mão de tons mais suaves e agradáveis, que não promovem desconforto aos animais.

A natureza dentro de casa

As plantas são sempre muito bem-vindas em casas com bichinhos de estimação, desde que escolhidas com uma análise criteriosa para não incorrer no risco de escolher espécies tóxicas. Para os tutores que também são pais e mães de plantas, vasos pesados – longe da altura do animal –, ou mesmo suspensas, são estratégias para evitar que eles não derrubem ou atrapalhem a integridade delas.

 

Texto elaborado por dc33 Comunicação

 

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Cores

A importância das cores em projetos de arquitetura residencial

Elas não apenas completam a composição dos ambientes, como também influenciam na vivência e nas sensações transmitidas aos moradores

Além da percepção de se estar em um ambiente mais espaçoso, a paleta de cores claras contribui com a iluminação. Nessa sala de estar, o arquiteto Raphael Wittmann trabalhou com o cinza, em escalas mais leves, presentes no sofá e no tapete | Projeto Rawi Arquitetura + Design | Foto: Rafael Renzo

Na execução dos projetos de arquitetura de interiores, a etapa de definição das cores agrega muito mais que a simples inserção de tons que colorem paredes, mobiliário e itens decorativos. Somada à composição, elas atuam na atmosfera do lugar, a noção de espaço, moldam sensações, o comportamento e a identidade das pessoas que o habitam.

Dentro desse leque de sentimentos o morador pode experienciar a calma, relaxamento e conforto e outras percepções mais intensas como energia e a fome. Para o arquiteto Raphael Wittmann, à frente do Rawi Arquitetura + Design, as cores não são apenas escolhas dentro de um aspecto exterior, mas um direcionamento humano sobre o que realizar ou viver dentro de cada espaço. “Sou completamente a favor de tons mais acentuados, desde que devidamente avaliados. Um projeto com cores provoca alegria, entusiasmo e uma sorte de estímulos que contribuem para as tarefas cotidianas e prazer de estar em casa”, analisa.

A liberdade de inserir cores: nesse apartamento, a base predominante clara permitiu ao arquiteto Raphael Wittmann conceder ao tapete a ‘responsabilidade’ de colorir a sala de estar | Projeto Rawi Arquitetura + Design | Foto: Alexandre Dizaro

Processo de avaliação no projeto de arquitetura

De acordo com o profissional, o primeiro passo levantado é considerar a harmonia. Nesse processo, Raphael leva em consideração a luz natural existente, que pode alterar o discernimento das cores, como também a personalidade dos clientes. “A partir disso posso promover a distribuição para a aplicação da cartela de cores tanto nas paredes, no mobiliário ou nos tecidos que farão parte do ambiente”, analisa.

Na mesma residência, o perfil dos moradores permitiu com que o arquiteto Raphael Wittmann pudesse brincar com as cores: o amarelo que predomina no ladrilho hidráulico escolhido para a bancada e o piso da cozinha; a parede salmão no lavabo; o teto amarelo do banheiro e o azul royal eleito para o corredor que acompanha a escada de acesso ao piso superior da edificação | Projeto Rawi Arquitetura + Design | Fotos Juliana Deeke

 

No projeto de interiores que o arquiteto Raphael Wittmann realizou em um chalé localizado no município de São Bento do Sapucaí, na Serra da Mantiqueira (SP), o amarelo que cobre parede e teto contribuiu para a atmosfera rústica da casa e sua vivacidade foi ‘abrandada’ pela paisagem bucólica das montanhas avistadas por meio das generosas esquadrias de vidro | Projeto Rawi Arquitetura + Design | Foto Alberto Ricci

 

Junto com a concepção do moodboard que auxilia o Raphael na construção das referências de materiais a serem utilizados no projeto, entra em cena o estudo do círculo cromático, ferramenta essencial para as respostas sobre as combinações de cores. Ele explica que, assim como na moda, o entendimento das relações complementares, análogas ou análogas triádicas, que formam um triângulo nessa representação, facilitando a criação de paletas equilibradas e atraentes para ambientes diversos. “Por meio dos matizes, analisamos os tons quentes, frios e aquelas que são completamente opostas”, complementa.

 

Influência nos sentimentos

O círculo cromático se traduz como uma representação simplificada das cores enxergadas pelo olho humano e é composto por 12 partes que incluem os tons primários (amarelo, vermelho e azul), secundários (mistura entre as primárias) e terciários (resultante da mescla entre primárias e secundárias) | Divulgação: Freepik

 

Enquanto os gradientes análogos oferecem relações mais suaves, sendo uma boa opção para ambientes mais tranquilos, as complementares provocam contrastes vibrantes e são ideais para espaços mais dinâmicos.

Entretanto é preciso atenção para saber dosar essa capacidade de incitar as sensações, tanto no que diz respeito aos ambientes menos indicados, quanto ao excesso. “Na cozinha, por exemplo, as cores contrastantes despertam a fome e isso não é interessante. Ao mesmo tempo, em um dormitório, afetam a qualidade do sono”, avalia Raphael. O segredo, segundo ele, é equilibrar vibrantes e neutras para aplica-las em elementos decorativos.

 

Na cozinha, o azul eleito pelo arquiteto Raphael Wittmann entregou personalidade ao projeto | Projeto Rawi Arquitetura + Design Foto: Juliana Deeke

 

Dimensões do ambiente e as cores

Para criar ilusões de profundidade ou altura, as cores podem ser usadas estrategicamente nas paredes para ajustar proporções visuais. Pintar o teto com tons escuros pode reduzir a sensação de espaço vertical, mas também pode adicionar personalidade e formar um ambiente mais equilibrado e confortável.

Associada também à energia, na sala de almoço o arquiteto Raphael Wittmann elegeu o vermelho para as cadeiras da sala de almoço | Projeto Rawi Arquitetura + Design| Foto: Rafael Renzo

 

Já as cores claras são caminhos lógicos para ampliar visualmente um espaço e refletir a luz. Todavia, isso não quer dizer que um cômodo pequeno deva ser, predominantemente dessa forma, sendo visto, muitas vezes, como ‘sem expressão. “É possível sim adicionar outras tonalidades e, ainda assim, manter essa percepção de ambiente mais espaçoso e aberto”, ressalta o arquiteto.

Nesse projeto, o arquiteto Raphael Wittmann optou por incorporar a pintura do teto como parte da decoração, sendo uma maneira eficaz de criar um espaço encantador e funcional para o bebê. O resultado foi uma experiência visual rica e um ambiente convidativo | Foto: Rafael Renzo

 

Texturas e materiais naturais, de uma maneira geral, são outros elementos que corroboram na missão de reafirmar a individualidade de cada cor nos projetos residenciais.

Os tons vibrantes do laranja, despertam o ânimo, ao passo que também combatem o cansaço e trazem vitalidade. Essa foi a proposta do arquiteto Raphael Wittmann para esse banheiro com uma claraboia no teto | Projeto Rawi Arquitetura + Design | Foto: Juliana Deeke

 

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Ladrilhos hidráulicos

A estética original e incomparável dos ladrilhos hidráulicos em projetos contemporâneos

Nas propostas da Rawi Arquitetura + Design, esse material, que faz parte da história da arquitetura brasileira, compõem piso, bancada e parede com charme e inventividade

A cozinha integrada virou a atração da área social ao receber os ladrilhos hidráulicos na cor mostarda, desenhado pelo escritório Rawi Arquitetura + Design, exclusivamente para o projeto. Os revestimentos cobrem o piso e sobem até a bancada | Fotos: Juliana Deeke

Os ladrilhos hidráulicos surgiram no fim do século passado, no sul da Europa, e logo depois se espalharam por outras regiões, incluindo até a Rússia. Pouco a pouco também foram ocupando seu lugar de sucesso no Brasil ao trazer uma combinação perfeita entre a tradição e inovação. Fã e conhecedor das características desse revestimento, o arquiteto Raphael Wittmann, sob o comando da Rawi Arquitetura + Design, sabe todos os cuidados desde a instalação até a manutenção dos ladrilhos e nos contará a seguir como usá-lo com criatividade, personalidade e bom gosto.

Mas, primeiro, o que é o ladrilho hidráulico? O arquiteto explica que se tratam de peças feitas de  cimento, quartzo e pó de pedra, entre outros itens, além do acrescimento de pigmentos. Este processo é feito de forma totalmente artesanal, unidade por unidade.

Com atmosfera industrial e toques de concreto aparente, a cozinha deste apartamento recebeu ladrilhos hidráulicos verdes, em contraste à marcenaria num tom amadeirado e verde-clarinho. Projeto da Rawi Arquitetura + Design | Foto: Juliana Deeke

Benefícios dos ladrilhos hidráulicos

As características tão incríveis desse revestimento histórico, que, antes de voltar à moda, teve seu auge nos anos 1930 e 1940, ajudam a refletir não só no estilo de determinada parte do piso, bancada, parede ou mobiliário, mas também o tom do espaço como um todo: clássico, rústico, retrô ou contemporâneo. E há mais vantagem, já que o material é facilmente restaurado, o que traz uma nova vida ao seu aspecto depois de alguns anos. É exatamente por isso que ele é amplamente famoso pela sua durabilidade e, claro, esse é mais um motivo que faz o arquiteto Raphael Wittmann usá-lo com frequência. Outro ponto alto está na liberdade criativa e na autenticidade ao poder usufruir dos inúmeros desenhos, da mistura de texturas, cores e, dessa forma, deixar os projetos ainda mais irreverentes e personalizados. “Além desses atributos, podemos adotá-los em diferentes ambientes, como quartos, salas, banheiros e cozinhas”, explica Raphael. O que diz respeito às dimensões, não há um tamanho único. Vale prestar atenção na hora da aplicação, tanto em áreas internas como externas, tomando cuidado com a paginação. Como acontece com qualquer tipo de material, preza-se pela suavidade para evitar, por exemplo, um corte brusco ou muito pequeno.

Com materiais simples, mas de grande efeito, este banheiro reformado pela Rawi Arquitetura + Design se destacou com o uso de ladrilhos hidráulicos amarelos no piso 

| Foto: Juliana Deeke

Cuidados na instalação e manutenção

Em relação à colocação dos ladrilhos, o processo se inicia com o uso da argamassa ACIII branca e desempenadeira dentada. Vale lembrar também de distribuir a argamassa uniformemente, principalmente, nas pontas para evitar rachaduras, comprometendo o visual e a segurança do revestimento. “É crucial que a instalação seja feita com cautela para evitar sujeiras nos ladrilhos. Trata-se de um material de cimento poroso, por isso qualquer sujeira deve ser prontamente removida”, alerta o arquiteto. Embora seja comum a aplicação da resina após o rejunte, é possível realizar esse processo anteriormente dessa etapa a fim de proteger os ladrilhos de manchas. “Após a aplicação do rejunte, é necessário aguardar aproximadamente uma semana para que o ladrilho seque completamente antes da aplicação da resina”, completa Raphael. Sobre o rejuntamento, saiba que no caso dos ladrilhos hidráulicos utiliza-se a junta seca, portanto não há um espaçamento obrigatório entre as peças.

O principal erro cometido pelas pessoas é o uso de produtos químicos para a limpeza das peças, o que pode danificá-las, em razão de sua composição. Portanto, convém redobrar a atenção com a manutenção. Evite arrastar móveis e eletrodomésticos sem panos por baixo e vale colocar feltro protetor nos pés de mesas e cadeiras. Ao lavar os revestimentos, use apenas água e sabão neutro, mas, em geral, um pano umedecido é o suficiente. Aplique cera líquida incolor com rodo e pano úmido uma vez por semana ou quando o material começar a perder o brilho.

Neste imóvel, no Edifício Itália, no coração de São Paulo, cozinha e lavabos são monocromáticos, vibrantes e receberam ladrilhos hidráulicos com rejuntes imperceptíveis. Projeto da Rawi Arquitetura + Design | Fotos: Alexandre Disaro

 

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O novo normal: as vantagens do Home office

O novo normal: as vantagens do Home office

Com o início da pandemia em 2020 e a necessidade de isolamento, foi necessário que grande parte da população se adaptasse ao trabalho remoto. O que inicialmente veio como uma solução momentânea vem se mostrando cada vez mais crescente e colecionando novos adeptos, que mesmo com a diminuição dos casos do coronavírus e a flexibilização das medidas de isolamento que possibilitariam a volta do trabalho presencial, preferem se manter trabalhando em home office por encontrarem diversas vantagens neste modelo de trabalho, como:

1. Flexibilidade – Um dos maiores atrativos do home office é ter liberdade para organizar seus horários, muitas vezes conseguindo adaptá-los aos momentos em que você se sente mais produtivo, além de poder trabalhar de onde quiser.

2. Maior qualidade de vida – Com o tempo ganho do descolamento, você pode se dedicar mais a outras atividades, como estudar, fazer esportes, ficar com as pessoas que você ama, e claro, descansar mais.

3. Conforto – Tendo seu próprio espaço para trabalhar, você pode deixá-lo bem mais confortável e com a sua cara, o que pode te ajudar a aumentar sua produtividade e satisfação durante seu momento de trabalho.

Com o home office, cada pessoa pôde experimentar diversas formas e locais diferentes para trabalharem, alguns preferem escritórios de coworking, outros vão até cafeterias passar o dia, mas o campeão foi realmente se manter em casa. Com isso, houve a necessidade de adaptar os espaços existentes para atender essas novas demandas.
Durante este período houveram muitos profissionais que acabaram decidindo manter o home office como sua forma definitiva de trabalho e optaram por buscar profissionais para a realização de projetos. Com um bom design é possível transformar aquele espaço ocioso ou quarto já existente na sua casa em um ambiente prático, confortável e bonito para facilitar as tarefas do dia a dia. Por isso separamos algumas dicas para te ajudar a criar seu próprio escritório:

1. Uma boa iluminação é essencial
Na hora da escolha do local do seu escritório priorize um que possibilite uma boa iluminação, natural de preferência, também a complementando com luzes de apoio. Assim, você terá um ambiente mais agradável e mais produtivo.

2. Escolha bons móveis
Por ser um local onde você irá passar boa parte do seu dia, é muito importante a escolha de móveis de qualidade e confortáveis para te manter mais bem disposto e produtivo. Se possível, crie também um local de descanso para que você possa tirar pequenas pausas no dia a dia.

3. Organização é a chave
Independentemente se o seu home office será projetado ou feito de maneira mais improvisada, manter o local e seus materiais de trabalho organizados é primordial para que se possa ter um dia de trabalho produtivo e menos estressante. Uma boa ideia é a colocação de nichos organizadores, que servem muito bem mesmo em espaços menores e ajudam a criar um ambiente organizado, prático e confortável.

Com essas dicas, esperamos que você possa construir um ambiente que deixe o seu dia a dia no trabalho mais agradável e produtivo, e possa transformar este momento em uma experiência positiva!

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10 dicas para construir uma casa moderna

10 dicas para construir uma casa moderna.

O arquiteto Raphael Wittmann, da RAWI Arquitetura, deu uma entrevista muito legal com 10 dicas para se construir uma casa moderna. O Portal Estadão Imóveis também o convidou para falar do assunto. Para acessar matéria na íntegra, visite: https://imoveis.estadao.com.br/decoracao-reforma-e-construcao/4-dicas-para-construir-uma-casa-moderna/ 

As imagens são de um projeto para uma residência unifamiliar em São Paulo. Entre as questões levantadas para execução do estudo estão a acessibilidade e o conceito que dialoga com a topografia acentuada.

Contratando um arquiteto

A escolha de um arquiteto ou de uma empresa de arquitetura para projetar a casa, é uma necessária e importante etapa inicial para dar início ao planejamento da construção. O arquiteto tem o conhecimento técnico capaz de deixar o espaço da maneira que o cliente gostaria, considerando também o local, a cultura, o conceito, a técnica e a legislação. Já o Engenheiro Civil é imprescindível para os projetos complementares de instalações prediais e de estruturas, bem como para direcionar a execução da obra. 

Hoje em dia muitos projetos de arquitetura são apresentados somente através do modelo 3D, o que facilita a compreensão visual dos espaços pelo cliente. Contudo, o projeto executivo, que é uma etapa anterior à obra, é muito importante para um melhor detalhamento do projeto de arquitetura. Nessa etapa são feitos os projetos de iluminação, de locação dos pontos de elétrica, de pisos, desenho das portas e janelas, das áreas hidráulicas, alvenarias etc. Muitos clientes optam por não contratar esse projeto por conta do aumento dos custos. No entanto, é preciso ver o fator custo como qualidade, pois colaborará decisivamente para não ocorrer possíveis problemas durante a obra. Com um maior nível de detalhamento, poderá ser realizado um orçamento com maior precisão da obra, favorecendo o seu planejamento.

Na escolha pelo arquiteto também deve ser considerado o seu estilo. Encontrar um arquiteto que tenha uma linguagem de trabalho semelhante à almejada, pode evitar muita dor de cabeça.

Legislação

Para projetar uma casa moderna é muito importante que, antes de iniciar a obra, seja realizado um estudo da legislação do município em questão, levantando instrumentos que estão ligados diretamente ao ato da construção. A taxa de ocupação, que é a porcentagem de área construída no terreno; o coeficiente de aproveitamento, que significa o quanto pode ser construído de edificação em m2; a taxa de permeabilidade, que está ligado as áreas verdes no local; o limite de altura da edificação; e os recuos obrigatórios que são os espaços entre a casa e os muros, são alguns dos parâmetros de extrema importância para o desenvolvimento do projeto. Conhecendo a legislação, o arquiteto poderá realizar o desenho da casa dentro dos parâmetros estabelecidos pelos órgãos legais, como o município por exemplo.

Depois que definido o projeto entre o cliente e o arquiteto, o profissional de arquitetura poderá desenhar o projeto legal que será aprovado na prefeitura. Sem este processo, não é legalmente permitida a construção.

Relação do terreno com o entorno 

A relação da edificação com o terreno precisa ser estudada, pois cada terreno implica em soluções diferentes de projeto. Um terreno em desnível apresenta soluções diferentes do que outro mais “plano”.  Pensar como será a interação com entorno é muito importante, seja no gabarito ou porte das outras edificações, pois colabora na reflexão de como o projeto se mostrará para o restante da cidade, não se limitando ao lote. 

Definindo o conceito

O conceito de um projeto é o conjunto de ideias que estarão presentes desde o seu início até o produto. O estabelecimento de um conceito permitirá com que se tenha um melhor resultado com a execução da obra da casa. 

É no conceito também que será definido o partido arquitetônico do projeto, onde serão estudados e discutidos desde questões inerentes ao estilo (contemporâneo, moderno, rústico), cores, volumetria (quadrado, retangular, curvas, assimetria, equilíbrio), materialidade (piso frio, madeira, paredes de tijolos, telhado ou laje), acessibilidade (cadeirante, rampas de acesso), até questões relacionadas ao seu uso e preferências pessoais para os espaços.

Ventilação e iluminação natural

Uma casa com equilíbrio nas aberturas (janelas, portas, vãos) é fundamental para uma melhor iluminação e ventilação natural, o que trará melhor conforto aos moradores, como também será de extrema importância na eficiência energética do local. É importante estudar os materiais que serão utilizados para as aberturas, para assim não se ter problemas com eficiência energética, um exemplo é o excessivo uso de vidros que pode deixar mais quentes os ambientes internos. Por exemplo, para os quartos, é sempre melhor que se possível sejam posicionados para o leste, que é onde o Sol nasce, tomando assim o Sol da manhã nestes ambientes e não o da tarde, tornando-os mais frescos a noite. 

A escolha dos materiais  

É importante pesquisar bem antes de comprar os materiais, pois eles trarão a finalização necessária ao projeto, seja no conforto ou na questão compositiva. Não caia no fator de que o material de qualidade é o mais caro; pesquisando no mercado existem muitas marcas que trazem um ótimo custo-benefício. Assim é importante avaliar o que cabe no seu bolso. Materiais reutilizados, madeiras de demolição e vidros reciclados também são muito interessantes para trazer sustentabilidade ao projeto.

Sistemas para melhor eficiência do imóvel

Pensar em sistemas de aquecimento solar (que consiste na utilização de energia solar para o aquecimento de água, ar etc.), captação das águas das chuvas (para reuso em atividades domésticas) e placas fotovoltaicas (que fazem a conversão da energia solar em elétrica) são condicionantes que trazem ao projeto residencial uma melhor eficiência. No início a implementação desses sistemas pode ficar custosa, mas a longo prazo os benefícios serão maiores, o que contribuirá para o pagamento desses custos preliminares. 

Projeto luminotécnico 

A iluminação é um fator preponderante no projeto de uma casa. Um projeto luminotécnico bem elaborado faz com que os ambientes ganhem outra cara e sejam mais valorizados, como também auxilia na economia de energia. As cores da iluminação que podem variar de tons mais frios para os mais quentes, colaboram para o melhor bem-estar dos moradores. Uma opção bem interessante é uso do LED para realçar ambientes e mobiliário. Essa tecnologia permite uma diminuição no consumo de energia, tem uma longa durabilidade, pode ser reciclado, entre outros benefícios. 

Acessibilidade 

A acessibilidade é fundamental para uma melhor integração entre pessoas portadoras de necessidades especiais com a edificação. Prever rampas onde seja necessário, banheiros mais amplos com equipamentos de apoio, ambientes com maior espaço livre para circulação são alguns dos fatores essenciais ao se pensar em um projeto acessível. Para isso é preciso que o arquiteto responsável faça um estudo detalhado da Norma brasileira 9050 (NBR) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que explicita como deve ser a acessibilidade em edificações. Além disso, mesmo em casas não acessíveis, podem ser pensados em espaços mais adaptados aos idosos, já que a população brasileira está envelhecendo. Pensar no amanhã é muito importante ao se construir uma casa.

Paisagismo 

Pensar as áreas verdes da casa é uma decisão que gerará muitos benefícios ao morador e que deve estar de acordo com a legislação específica da cidade onde o projeto será feito. Os jardins externos e até as plantas no interior da edificação se colocam como refúgio ao morador, ajudando a aliviar as tensões do dia a dia e contribuindo com a saúde. Outro fator benéfico é o paisagismo como colaborador na diminuição do calor da residência, o que traz um melhor conforto térmico. 

Profissionais especializados em paisagismo são altamente recomendados para este trabalho, já que poderão especificar plantas locais ou adaptadas ao solo (por exemplo indicando plantas adaptadas ao Sol e à sombra, caso a caso), de forma que se possa ter um jardim bonito e agradável.

Notícia

Entrevista sobre o uso de Portas Mimetizadas

Copa – Conjunto Itália
Foto: Alexandre Disaro

Entrevista

 

Por: Raphael Wittmann (RAWI Arquitetura + Design)

Em entrevista concedida à revista Casa Interiores & Paisagismo, conversamos sobre o uso de portas mimetizadas, com destaque para o projeto que desenvolvemos para um escritório de advocacia no Edifício Itália, ícone da arquitetura moderna paulistana.

 Conte um pouquinho da história e estilo do projeto em questão.

A intervenção nesse conjunto, de 145m², situado em um dos edifícios mais icônicos de São Paulo – o Edifício Itália, proporcionou um desafio em como organizar os ambientes para que o programa da empresa Pena Moura França Advogados Associados coubesse no espaço. Desse modo, foi preciso aliar uma série de fatores como a organização espacial e a escolha dos materiais (madeira, cimento queimado, ladrilhos hidráulicos, serralheria etc.) para que o projeto tivesse uma seriedade, própria de escritórios dessa área, como também uma contemporaneidade com o uso das cores e da combinação desses diferentes materiais.

Em que situação gosta de usar porta mimetizada?

O uso desse estilo de porta se configura como importante para nós em situações que se faz necessário deixar o ambiente mais amplo e moderno ou integrado a outro espaço, bem como quando queremos camuflar ambientes. No nosso caso, as portas mimetizadas (ou invisíveis) da copa céu, quando totalmente abertas, têm a intenção de fazer com que o ambiente se integre com a recepção. Assim, é possível criar usos para esse espaço, que pode ter momentos de descompressão durante a rotina, além de servir como apoio às reuniões da empresa.

Qual o tipo de porta: pivotante, de correr, normal, camarão? Qual a indicação em cada caso?

Na copa céu utilizamos um sistema peculiar com dois tipos de portas mimetizadas incluídas no painel de madeira. A do lado esquerdo é do tipo pivotante, por conta das portas dos lavabos adjacentes (não seria possível a porta correr do lado esquerdo por conta dos acessos dos lavabos que são no mesmo painel). Já a do lado direito é de correr para ficar totalmente camuflada e assim propiciar a integração completa com a recepção. O uso de cada tipo de porta varia de acordo com as especificidades do projeto, seja na questão do conceito ou das preferências do cliente.

Pode-se mimetizar em qualquer material? Madeira, alvenaria, drywall….? qual o segredo de um mimetismo perfeito?

Portas mimetizadas são geralmente fabricadas em madeira e/ou MDF, mas podem ser também em serralheria ou dry wall. Quando executadas em drywall, podem dar uma aparência mais camuflada na alvenaria, mas para isso teriam que ter ferragens especiais para assim se ter uma melhor eficiência. Essas portas mimetizadas também podem ser revestidas com pedras, ladrilhos hidráulicos ou outros materiais, conforme o conceito do projeto, fazendo com que se tornem totalmente invisíveis.

Copa – Conjunto Itália
Foto: Alexandre Disaro

 

No caso do seu ambiente – justifique a escolha do material e do tipo de porta?

A madeira, material escolhido para a porta, tem a intenção de trazer modernidade ao projeto, esquentar o ambiente visto que a laje e o piso da recepção são de um material mais frio, além de ser um material que é muito utilizado em escritórios de advocacia. Escolhemos a porta mimetizada, pois ela ficaria mais agradável visualmente devido estar em conjunto com um extenso painel de madeira que faz uma divisão de ambientes no projeto, além de proporcionar diferentes usos para a copa.

Madeira? Com que acabamento?

Sim, o material utilizado na porta foi um MDF revestido em folha de madeira Carvalho Americano. Utilizamos esse acabamento por ele ser mais claro e assim ampliar o ambiente, reforçando sua modernidade.

Qual o tamanho da porta ou abertura?

 O sistema de portas mimetizadas é composto por dois modelos: o de correr, que tem 1,95m de comprimento e o pivotante, que conta com 1,06m de abertura, totalizando 3,01m de abertura. A altura das portas é de 2,26m.  Esse sistema está incluído dentro de um painel de madeira de 8m de extensão.

Qual a importância da escolha certa das ferragens?

É preciso verificar bem a escolha do fornecedor das ferragens antes de enviar o projeto para execução. Para isso, é preciso fazer uma pesquisa de boas marcenarias que trabalham com ferragens apropriadas e de qualidade. Assim, evita-se problemas de regulagens e qualidade das peças, que podem ocasionar problemas futuros no desempenho da porta.

Puxador é um problema para quebrar a uniformidade?

Dependendo do conceito do projeto ele pode realmente gerar uma quebra da uniformidade. No nosso caso queríamos algo uniforme por conta do painel, assim optamos por utilizar uma pequena cava para assim ficar mais imperceptível.

No caso do seu ambiente, por que optou por mimetizar?

Foi importante a mimetização dessa porta, pois ela faz parte da composição de um painel de madeira de mais de 8 metros e que é destaque no projeto, atuando como importante delimitador de ambientes. A mimetização foi significativa para que houvesse uma integração entre os ambientes da copa e recepção, podendo assim assumir novos usos quando as portas estiverem totalmente abertas.

Os painéis com portas mimetizadas já foram uma tendência, certo? Quando eles eram usados na decoração? Anos 80?

As portas mimetizadas são utilizadas na decoração já há séculos, muitas casas antigas contam com passagens secretas e escritórios com acessos camuflados. Mas foi a partir dos anos 80 que ganhou maior destaque na decoração. Atualmente, são muito utilizadas para gerar modernidade e integrar ambientes.

Qual a dica que vc daria para quem quer fazer uma porta mimetizada?

A contratação de um profissional especializado para realização do projeto e execução da porta mimetizada é a principal dica para quem fazer uma porta com essa linguagem. É importante também verificar os custos, pois dependendo do modelo (pivotante, correr, camarão etc.) pode haver modificação dos valores.

Execução da porta é de que empresa?

A Marcenaria Novaes Ferreira, especialista em móveis de alto padrão, foi escolhida para a realização da porta e do respectivo painel.

Lavabo – Conjunto Itália
Foto: Alexandre Disaro

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A importância da iluminação natural no ambiente interno

Por: Sonia Ferreira
Publicado: 05/09/2019

Foto: Alexandre Disaro.
Apartamento Areia by RAWI Arquitetura + Design. 2019

Vários são os benefícios da iluminação natural nos ambientes fechados, principalmente o efeito positivo dela na construção e na saúde humana. Na arquitetura, a iluminação natural refere-se ao uso da luz natural, seja a luz solar brilhante ou a luz neutra e silenciada, para apoiar as exigências visuais dos ocupantes da casa, edifício, entre outros. Para um espaço ser considerado iluminado pelo dia, ele deve usar a luz natural como fonte primária de iluminação, criar um visual legal e termicamente confortável. Além disso, o melhor aproveitamento da iluminação natural maximiza a economia de energia elétrica.

Benefícios da luz do dia

Cada vez mais os projetos arquitetônicos tem priorizado a iluminação natural. Isso porque a exposição à luz do dia melhora a saúde, o bem-estar e o humor, além de oferecer uma estética agradável ao ambiente.

Para melhor aproveitamento nos ambientes internos, é preciso que o arquiteto analise bem a localização do terreno e a posição do sol (nascente e poente), aproveitando a iluminação nos ambientes que irão necessitar de maior incidência de luz natural.

Foto: Lufe Gomes.
Quarto do Pedro by RAWI Arquitetura + Design. 2019

O acesso à luz natural faz parte da nossa sobrevivência e dos ciclos naturais, por isso é essencial que tenhamos acesso a ela por pelo menos algumas horas por dia. O ser humano precisa de doses diárias moderadas de sol para o corpo produzir vitamina D suficiente para a absorção do cálcio que fortalece os ossos.

Ao assumir qualquer projeto de construção, o arquiteto deve sempre pensar nos benefícios para os ocupantes. De acordo com estudos, é possível comprovar que ambientes iluminados aumentam a produtividade e o conforto, e fornecem a estimulação mental e visual necessária para regular os ritmos circadianos humanos.

Outro benefício da utilização de luz natural é a economia substancial de energia. A iluminação elétrica em edifícios tem um consumo gigantesco para uma cidade. Espaços equipados com controles de detecção de luz do dia podem reduzir a energia usada para iluminação elétrica em 20% a 60%, de acordo com pesquisas dos órgãos que monitoram o desempenho do sistema de controle de iluminação natural.

Luz natural também evita estresse para trabalhadores onde o interior das empresas, escolas, clínicas, ao invés de energia elétrica, optaram por colocar janelas, evitando o brilho excessivo e estresse térmico. Juntamente com trabalhadores mais felizes, benefícios financeiros e de desempenho humano substanciais foram associados ao aumento da luz do dia. É fato que imóveis comerciais e residenciais, sem janelas e luz natural, alugam muito menos do que espaços arejados e com luz natural.

Foto: Maíra Acayaba.
Apartamento Moema by RAWI Arquitetura + Design. 2014

O arquiteto é o profissional adequado para identificar – no seu projeto ou no ambiente já construído – espaços com capacidade de iluminação natural, desde o design até a instalação e operação. Tudo isso deve ser cuidadosamente observado para se obter os benefícios substanciais como: maior economia de energia, melhorias na saúde e o controle da luz solar direta em ambientes onde será executada tarefas visuais, etc.

Uma vez executado o projeto, vem a garantia do sucesso operacional. É preciso que os ocupantes do ambiente, tanto residencial quanto comercial, se eduquem com base no projeto de iluminação natural: como usar os controles de iluminação e como acessar e usar os controles de sombreamento. Com certeza será um espaço de requinte, prazeroso e interessante.