Como a arquitetura de interiores transforma a convivência entre moradores e seus pets no lar
Ao viverem em nossas casas como integrantes da família, os ambientes devem estar bem-preparados para dias tranquilos e gostosos na companhia deles
No estúdio de 40m², o arquiteto Raphael Wittman escolheu o piso vinílico | Projeto Rawi Arquitetura + Design | Foto: Thiago e Dam Mol
Em um mundo cada vez mais adaptado às necessidades dos pets, a arquitetura desempenha papel fundamental ao criar lares que propiciem comodidade, segurança e funcionalidade, tanto para os animais quanto para seus donos.
Mas como unir essas questões? Acompanhe os pontos listados pelo arquiteto Raphael Wittman, do escritório Rawi Arquitetura + Design.
Escolhendo o piso ideal
Não apenas no piso, mas uma das premissas ao projetar uma casa ou apartamento pet-friendly implica em especificar materiais alinhados com essa rotina. Sem dúvidas, o porcelanato é uma das alternativas mais práticas e seguras para quem tem animais de estimação. No acabamento acetinado ou ABS, o revestimento oferece aderência e evita que os bichinhos escorreguem, além de ser resistente e fácil de limpar.
O profissional afirma que o piso vinílico é outra boa escolha por sua facilidade de limpeza, conforto térmico e por minimizar o barulho das patinhas. “Laminados, carpetes e pedras porosas devem ser evitados”, aconselha. Nas paredes, as tintas laváveis são as mais recomendadas.
Espaços adaptados para diferentes tamanhos e rotinas
No Apartamento Duas Cores, a marcenaria foi projetada com um cantinho aconchegante para o cachorro da família| Projeto Rawi Arquitetura + Design | Foto: Juliana Deeke
Ao definir o layout do ambiente para acomodar pets, o tamanho do espaço é menos importante do que a qualidade de vida oferecida. Para garantir o bem-estar dos animais, a arquitetura, por mais eficaz que seja, não resolve tudo sozinha: é fundamental que o humano assuma a responsabilidade de proporcionar estímulos dentro de casa por meio de atividades e passeios frequentes nas proximidades do imóvel.
De acordo com Raphael, rampinhas e degraus para pets têm o objetivo de facilitar o acesso às áreas mais altas, reduzindo o impacto nas articulações e na coluna para animais idosos ou com problemas de mobilidade. “É importante avaliar a altura de cada degrau, bem como o espaçamento entre eles, para que não haja esforço excessivo”, indica. Para maior segurança dos dispositivos, ele prescreve a fixação no chão ou em algum móvel para evitar movimentos durante o uso.
Materiais duráveis e Pet-Friendly
Quem investe na aquisição de móveis não quer saber de vê-los deteriorados nem em curto, médio e longo prazo. De acordo com o arquiteto Raphael Wittmann, que posou na foto com o cachorrinho, a tecnologia permite que o mercado disponha de tecidos resistentes e sem interferir na estética do projeto | Projeto Rawi Arquitetura + Design | Foto: Thiago e Dam Mol
Quando o assunto é mobiliário, a escolha de matérias-primas que resistam ao desgaste causado pelos pets é crucial. Para sofás e cadeiras, Raphael assinala o uso de tecidos com tramas fechadas e tecnologia Easy Clean, que facilita a limpeza e oferece proteção contra odores e rasgos. Visando a longevidade, também aconselha a blindagem e a impermeabilização dessas peças. “Podemos considerar outras possibilidades, como o caso do couro, que é perfeito para cães, embora não se aplique aos gatos, que podem danificá-los com suas dezoito unhas no tradicional costume de arranhar – um ato comumente realizado para demarcar território”, elabora.
Com a definição do tecido certo, o dono do pet pode ficar despreocupado quanto à durabilidade dos móveis | Foto: Freepik
Iluminação para o bem-estar dos pets
Uma questão que nem sempre é lembrada, mas que pode influenciar diretamente na saúde e no comportamento dos pets, diz respeito à iluminação do ambiente. Assim como os humanos, cães e gatos são sensíveis às variações de luz e necessitam de um ciclo natural de luminosidade para regular suas atividades diárias.
A intensidade e a temperatura de cor das lâmpadas podem afetar o bem-estar e, para garantir um ambiente mais tranquilo, é sugerido manter janelas e cortinas abertas sempre que possível. A luz artificial também deve ser cuidadosamente escolhida, lançando mão de tons mais suaves e agradáveis, que não promovem desconforto aos animais.
A natureza dentro de casa
As plantas são sempre muito bem-vindas em casas com bichinhos de estimação, desde que escolhidas com uma análise criteriosa para não incorrer no risco de escolher espécies tóxicas. Para os tutores que também são pais e mães de plantas, vasos pesados – longe da altura do animal –, ou mesmo suspensas, são estratégias para evitar que eles não derrubem ou atrapalhem a integridade delas.
Texto elaborado por dc33 Comunicação
RAWI ARQUITETURA + DESIGN
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Outubro/ 2024
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